O fio da fábula - Jorge Luis Borges

Baco e Ariadne da National Gallery, por Ticiano (1524)


“O fio que a mão de Ariadne deixou na mão de Teseu (na outra estava a espada) para que este se aventurasse no labirinto e descobrisse o centro, o homem com cabeça de touro ou, como pretende Dante, o touro com cabeça de homem, e o matasse e pudesse, já executada a proeza, decifrar as redes de pedra e voltar para ela, para o seu amor.

As coisas aconteceram assim. Teseu não podia saber que do outro lado do labirinto estava o outro labirinto, o do tempo, e que num lugar já fixado estava Medeia.

O fio perdeu-se, o labirinto perdeu-se também. Agora nem sequer sabemos se nos rodeia um labirinto, um secreto cosmos ou um caos ocasional. O nosso mais belo dever é imaginar que há um labirinto e um fio. Nunca daremos com o fio; talvez o encontremos e o percamos num ato de fé, num ritmo, no sono, nas palavras que se chamam filosofia ou na mera e simples felicidade.”



O julgamento da Ovelha


Monteiro Lobato

Um cachorro de maus bofes acusou um pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
- Para que furtaria eu esse osso – alegou ela – se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?
- Não quero saber de nada. Você furtou o osso e eu vou já levá-la aos tribunais.
E assim fez.
Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doze urubus de papo vazio.
Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu.
Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:
- Ou entrega o osso já e já, ou condenamos você à morte!
A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.
Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a títulos de custas...

Fiar-se na justiça dos poderosos, que tolice!... A justiça deles não vacila em tomar do branco e solenemente decretar que é preto.

(LOBATO, Monteiro. Fábulas. 21 edição. São Paulo: Editora Brasilense, 1969, p.36.)

Estranho e pertubador


Ren & Stimpy é sem dúvida a animação mais estranha e, por muitas vezes, perturbadora da televisão. A série é exibida no Brasil pelo canal a cabo Nickelodeon nas madrugadas dos finais de semana. Os dois protagonistas são Ren, um cão chihuaua sem pelos, e seu amigo Stimpy, um gato vermelho de nariz azul, criação do cartunista canadense John Kricfalusi.

Segundo o dicionário Aurélio, estranho, como adjetivo, é aquilo que é fora do comum; desusado, novo; anormal, ou ainda, misterioso; desconhecido ou enigmático. E é assim mesmo que esta animação parece ser.

A primeira característica que chama atenção é o traço de estilização visual, que lembra as animações dos anos 1950 e 1960. Esta opção de estilo não assume o aspecto de simples citação ao passado ou paródia. Vai além. É a adoção mesmo de um estilo de desenho que não está mais em voga. Por este aspecto, ao assistirmos a animação, temos a impressão de estarmos vendo algo que vem do passado. Algo que é novo mas não pertence ao nosso tempo, assim como ver um fantasma. É esse conflito temporal que causa um primeiro estranhamento.

O segundo aspecto, e aí entra o componente perturbador, são as estruturas das histórias e o compotramento de seus personagens. Em algumas episódios, os personagens (ou Ren, de modo mais frequente) se envolvem em situações de isolamento e de perda de contato com o mundo exterior.

Não tenho aqui nomes de episódios ou temporada para citar, mas me recordo que em um dado episódio, os dois protagonistas pegam uma carona em um automóvel. Daí em diante tornam-se reféns de seu proprietário, um sujeito com ares de gangster. O automóvel em questão, semelhante a uma limosine, era conduzida por um motorista e seu dono ia no compartimento posterior, onde os dois bancos de passageiros eram virados um de frente para o outro. Do momento que entram no automóvel em diante, não será mais possível desembarcar, assim como não lhes é dada nenhuma explicação do porquê. Seu anfitrião pouco lhes diz e o veículo não para, a não ser para recolher outro desafortunado caronista. A situação não leva a lugar nenhum e como todas as demais histórias, não há desfecho conclusivo ou outro elemento que de um sentido à história.

Em outro episódio, Ren e Stimpy ficam presos em uma cabana coberta de neve. Daí em diante passam a sofrer alucinações e delírios causados pela fome. O estranho é que, pelo que a história dá a entender, os dois são os únicos que creem que estejam mesmo numa cabana coberta de neve, realidade essa não compartilhada por outros personagens que surgem no desenrolar do episódio. No desfecho,  o monte de neve que cobre a cabana é mostrado em meio uma paisagem de ensolarada, inclusive com uma piscina onde alguns personagens se banham. Seria esse isolamento puramente psíquico e não real?

O isolamento, a perda de contato com a realidade, a percepção alterada do tempo, alucinações, insonia, pensamentos paranóicos e obsessivos são comuns nos episódios e, como já dito, mais frequente ao personagem Ren que aparenta ter uma personalidade psicótica. Por sua vez, Stimpy tem um comportamento marcado pela ingenuidade e por ser pouco inteligente, embora raramente demonstre inteligência ou tente reconectar Ren à realidade. Por outro lado, Stimpy frequentemente é alvo de tentativas de assassinato por parte de Ren, durante surtos e alucinações que este sofre.

Para finalizar esta breve lista de estranhamentos e bizarrices, outro tema recorrente é a escatologia, com situações que envolvem secreções corporais, sebos e catarros. Embora a escatologia seja frequente em animações voltadas para publico infantil, em Ren & Stimpy o tema assume um tom bem nojento e perturbador.

Sem dúvida, esse não é um desenho para ser assistido pelas crianças.

Le Corbusier e o Nazismo

Palácio Gustavo Capanema. Rio de Janeiro, Brasil
Já li muito sobre a vida e a obra do arquiteto suiço Le Corbusier, mas saber que ele era simpatizante de Hitler e que colaborou com o governo de Vichy foi, para mim, uma surpresa. Parece que essa parte da biografia de Corbusier foi esquecida depois da guerra e vem a público, com razão, pela ação de judeus suíços diante da escolha de sua imagem como suíço de destaque na publicidade do banco UBS (leia a matéria do site Arq!Bacana)

Infelizmente esse não é um caso isolado de um personagem que teve seu passado ou ideias abrandados depois da guerra. De um modo geral, historiadores e a mídia tratam a ascensão do Nazismo como resultado de uma inércia das nações ocidentais e até como um produto de uma época "ingênua" que se deixou enganar pela oratória de Hitler. Acredito que o caso estava mais para simpatia mesmo. Os nazistas negavam o marxismo e isto agradava ao capitalismo e as Igrejas de um modo geral.

A obra de Le Corbusier é um paradigma para a arquitetura moderna e seu legado não deve ser totalmente desprezado. Suas propostas fizeram escola no mundo e no Brasil, onde inclusive participou como consultor no projeto do edifício do Ministério da Educação e Saúde (hoje Palácio Gustavo Capanema) no Rio de Janeiro. O então Ministro, o mineiro Gustavo Capanema, desejava passar a ideia de que o país se encontrava em uma fase de progresso e modernização. A obra foi iniciada em 1936 e concluída em 1945, sendo o edíficio entregue em 1947. Desta forma, o projeto se deu sob patrocínio do governo de Getúlio Vargas, sendo concluído durante o Estado Novo.

O projeto foi cordenado por Lúcio Costa e sua equipe era formada por jovens que mais tarde formariam a chamada "Escola Carioca" da arquitetura moderna. Eram eles: Carlos Leão, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos, Jorge Machado Moreira e Oscar Niemeyer. Este último foi responsável pela solução final do partido arquitetônico do prédio. Essa solução, que concentrava os escritórios em uma torre e o auditório em um bloco separado, liberando grande áerea do terreno como jardins e espaço público, tornou-se modelo para outros edifícios em altura, sendo considerado o primeiro edifício em altura no estilo moderno no mundo. O projeto incorporou várias das propostas de Le Corbusier para a "nova arquitetura" como o brise-soleil (quebra sol) na fachada norte, o pilotis, o terraço jardim e o desenho do alto do prédio lembrando o perfil de um transatlântico. O prédio ainda conta com um paínel externo de azulejos de Portinari e pinturas de Guignard e Pancetti além de esculturas de Bruno Giorgi, Jacqques Lipchltz e Celso Antônio Silveira de Menezes.

Le Corbusier deixou outro legado no Brasil, o edifício da Embaixada da França em Brasília. Esse projeto foi iniciado pelo mestre na década de 1960 e concluído por seu assistente, devido ao falecimento de Le Corbusier. Ironicamente, a autoria do prédio foi lembrada pelo presidente Sarkozy, quando em visita ao Brasil.

Por fim, é bom ressaltar que a história da arquitetura no século XX não é a história da arquitetura moderna (ou modernismo). Houveram vozes destoantes que pregavam a arquitetura com uma visão mais cultural do que idealista. Isto, volto a frisar, em pleno século XX e em paralelo ao desenvolvimento do modernismo.

Sobre o Ministro Capanema, uma curiosidade, seu Chefe de Gabinete era o poeta, e também mineiro, Carlos Drumond de Andrade.

Câmara aprova criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo

A Câmara dos Deputados aprovou em caráter conclusivo o Projeto de Lei4.413/08 que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU. Caráter Conclusivo é o rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo.

Abaixo, a matéria públicada no site da Câmara dos Deputados em 16/11/2010.

"A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou há pouco, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 4413/08, do Executivo, que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e dos estados.

O relator, deputado Maurício Rands (PT-PE), votou pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto, das emendas da Comissão de Finanças e Tributação e das emendas ao substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público e considerou contrária ao Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD) a emenda apresentada na CCJ.

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que o arquiteto pode ser urbanista, que só há uma escola específica de urbanismo em todo o País e que é preciso atentar para o fato de que isso pode criar um problema no exercício da profissão.

A reunião ocorre no plenário 1."

Reportagem - Vania Alves
Edição - Newton Araújo

A matéria abaixo foi publicada em 28/01/2009, também no site da Câmara, e explicita os principais pontos do projeto.:

"A Câmara analisa o Projeto de Lei 4413/08, do Executivo, que regulamenta o exercício da arquitetura e urbanismo e cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e os respectivos conselhos estaduais. Atualmente, a regulamentação e a fiscalização dessas atividades são feitas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea).

Além de criar o conselho, a proposta do Executivo normatiza as atribuições de arquitetos e urbanistas. Pelo projeto, entre as tarefas desses profissionais, estão a direção de obras e a elaboração de orçamento, seja no campo da arquitetura propriamente dita, da arquitetura de interiores ou do planejamento urbano, entre outros.

Segundo o texto, o CAU/BR especificará as áreas de atuação privativas de arquitetos e urbanistas e as áreas compartilhadas com outras profissões regulamentadas. Caberá ainda ao CAU/BR manter um cadastro nacional das escolas e faculdades de Arquitetura e Urbanismo, com o currículo dos cursos oferecidos.

Registro no CAU
Para exercer a profissão, o arquiteto e urbanista deverá ter registro profissional no CAU de seu estado. Esse registro permitirá sua atuação em todo o País.

Os requisitos para o exercício da profissão será a capacidade civil e o diploma de graduação em Arquitetura e Urbanismo, emitido por faculdade reconhecida pelo Ministério da Educação. Também deverão registrar-se no CAU as empresas de arquitetura e urbanismo.

Autoria
O acervo técnico, segundo o texto, é propriedade do arquiteto e urbanista e é composto por todas as atividades por ele desenvolvidas. Para comprovar a autoria ou a participação em uma obra, o profissional poderá registrar seus projetos e demais trabalhos técnicos ou de criação no CAU.

Qualquer alteração em trabalho de autoria de um arquiteto só poderá ser feita com consentimento por escrito da pessoa detentora dos direitos autorais.

No que diz respeito à conduta ética, algumas das infrações citadas no projeto são o registro no CAU de projeto ou trabalho que não haja sido efetivamente desenvolvido e a reprodução do projeto de outro profissional sem autorização.

Profissionais infratores poderão ser punidos com advertência, suspensão do exercício da profissão, cancelamento do registro e multa.

Crea e Confea
Os arquitetos e urbanistas com registro nos atuais Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) serão automaticamente registrados nos CAUs. Os Creas enviarão aos CAUs a relação de arquitetos e urbanistas inscritos até 30 dias após a instalação do CAU.

Com a criação dos conselhos de arquitetura, a sigla Crea passa a designar Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Da mesma forma, Confea passará a ser a sigla para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.

Determinação do Supremo
Segundo os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e do Planejamento, Paulo Bernardo Silva, que assinam o projeto de lei, a criação do CAU/BR está de acordo com determinação do Supremo Tribunal Federal e configura-se como conselho profissional de natureza jurídica de direito público.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania."

Fonte: Agência Câmara - Câmara dos Deputados.
Disponível em http://www.camara.gov.br/.

Luiz Gê e Revista Florence

Imagem: Revista Florense

Recebi recentemente os exemplares 25 e 26 da Revista Florense, editada pela movelaria Florense. A revista, além de conteúdo interessante é também muito bem diagramada, com matérias sobre arte, cultura e arquitetura, naturalmente.
A revista número 25 traz entrevista com o quadrinista Luiz Gê, hoje professor de artes da Universidade Makenzie, em São Paulo.
Autor de um traço marcante e roteiros bem construídos e que aprendi a admirar com a extinta revista Circo, nos anos 80. É da entrevista, que retiro o trecho abaixo:
“Com o Arrigo,”  Barnabé “entrou na FAU, a Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, na mesma turma de Milton Hatoum e Takashi Fukushima. Vejamos: um músico, um quadrinista, um escritor e um pintor. Todos bem-sucedidos em seus ofícios, e repare só, nenhum exerce a arquitetura.”
Bom, pelo visto a arquitetura é sempre um bom começo, mas não necessáriamente um destino certo.

Strick House by Oscar Niemeyer

Foto: Revista Arquitetura e Construção . Set/2007
Em 2007, a imprensa brasileira começou a noticiar a redescoberta e a consequente restauração da única residência de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer construída nos EE.UU. A casa é conhecida como Strick House, nome de seu primeiro proprietário, o diretor e roteirista de Hollywood, Joseph Strick.
A construção localiza-se na cidade de Santa Monica, estado da Califórnia, ao norte de Los Angeles. Seu projeto data de 1962, sendo a obra concluída em 1964. Em 2002 a casa foi adquirida por um empreendedor que desejava demoli-la e erguer outra construção em seu lugar. No entanto, as autoridade de Santa Monica, ao descobrirem a origem do projeto, não permitiram o seu desmonte. Em 2003, a casa acabou sendo vendida ao seu atual morador que a restaurou por dois anos, tentando aproxima-la de seu aspecto original.
Um fato curioso sobre a construção da casa é o motivo determinante para a escolha do arquiteto. O casal Strick acreditava ser um absurdo que o autor do projeto do edifício da ONU em Nova Iorque tivesse o visto de entrada nos EEUU negado devido ao fato de ser filiado ao Partido Comunista. A escolha se deu por motivos estéticos, mas também como afronta à repressão do Macartismo. Niemeyer nunca visitou o terreno ou a obra. O projeto foi feito com base em fotografias do local e com acompanhamento de um arquiteto americano.


O que há para ser visto no projeto
O fato que mais pesou na preservação da casa foi realmente a sua autoria. No entanto, também pesou o fato de ser a única residência de Niemeyer construída nesse país. Destacou-se ainda os aspectos representativos do movimento moderno presentes no projeto. Outra residência, encomendada por um financista americano e que deveria ser construída na cidade de Santa Barbara, acabou ficando só no papel.
Um ponto que parece ter sido determinante na solução adotada é a situação do terreno em relação ao seu entorno. Posicionado no alto de uma colina, a parte posterior do lote se volta para um vale, tendo ao fundo a vista das montanhas de Santa Monica. Neste ponto, o ideal modernista de integração entre exterior e interior pesou como determinante na solução do projeto.


Sem empregar linhas curvas, caracteristíca de seu trabalho, Niemeyer adotou um partido em forma de "T", dividindo a casa em duas alas. A ala social foi implantada em sentido transversal ao terreno. As duas fachadas, a frontal e a posterior são vedadas com cortinas de vidro que não obstruem a vista das montanhas, tanto de quem está em seu interior como de quem vê a casa pelo acesso da rua. A ala íntima e de serviço foi implantada no sentido longitudinal, alinhada com a divisa esquerda do lote. O quarto do casal está localizado no extremo do braço do "T", voltado para a vista das montanhas. Desta forma, o projeto vai ao encontro de um ideal caro aos modernistas e já citado: integrar interior e exterior. Propõe assim uma resposta ao problema formulado por Lúcio Costa, segundo o qual "construir é obstruir a paisagem".

O projeto na mídia
O projeto, ao contrario do que alguns reportam, foi divulgado pela imprensa da época. Isto por que a revista americana Arts & Architecture de setembro de 1964 publicou o projeto. Infelizmente, não consegui ainda ter acesso a publicação. Caso alguém saiba de alguma biblioteca no Brasil que possua este exemplar, ficarei grato de receber a informação.
No Brasil, as revista Carta Capital (ainda não tenho a data), Arquitetura e Construção e AU publicaram matéria relativa ao projeto.
A casa no Google Earth
Para localizar a casa no Google Earth, digite seu endereço: 1911 La Mesa Dr (o Dr é de "drive")
ou as coordenadas:
Latitude = 34° 2'38.82"N
Longitude = 118°29'58.60"O
Um modelo 3d simples, sem texturas, também está disponível. Também é possível ter a visão da rua, a partir de fotos de 360 graus do local.

Sobre o projeto na web
Algumas páginas da web já publicaram informações sobre o projeto. Assim, acho desnecessário ficar repetindo o assunto. Abaixo listo alguns locais interessantes:

Paleta de Cores


Para quem é usuário do OpenOffice, a página dos desenvolvedores da versão brasileira (BrOffice) disponibiliza uma biblioteca de documentos e apostilas sobre o uso deste software livre. Então, vou fazer propaganda de uma cartela de cores que apresenta a compilação e sistematização das cores disponíveis para uso no BrOffice 2.4. Na verdade, estou fazendo propaganda própria, pois eu mesmo elaborei esse trabalho e o enviou para divulgação no site.
O documento foi concebido com a finalidade de representar de forma sinótica todas as paletas de cor disponíveis no software livre BrOffice.org 2.4 e também com o objetivo de fornecer uma fonte para impressão de amostras de cor, uma vez que a representação da cor na tela do computador não é idêntica a representação da mesma cor na impressão.
A cartela de cores é distribuída pela licença "Creative Commons", ou seja, você pode copiar e imprimir livremente; pode gerar obras derivadas, mas deve citar a fonte original e deve distribuir de forma não comercial. Na apresentação do trabalho explico melhor está licença, além de uma breve explicação sobre a exibição de cores na tela do PC e a reprodução por impressoras, o que justifica a impressão da cartela para quem trabalha com comunicação visual. Para baixar a cartela de cores, siga os passos abaixo ou selecione o link adequado:

Acessar o site oficial do BROffice

Vá para a seção documentação

Em seguida escolha Paleta de Cores no BROffice Draw.org. O documento está disponível em duas versões:

Como versão .odg que é a versão editável

Como versão .PDF para impressão não editável.